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Meteorologia no Estado é ampliada e modernizada Ministério da Agricultura e Inmet anunciam implantação de 98 estações para o serviço no Rio Grande do Sul

Foto: Pedro Piegas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apresentaram, na manhã desta sexta-feira, 11, a primeira das 98 estações meteorológicas que serão instaladas no Rio Grande do Sul até o final de 2025.

A estação pioneira no projeto de ampliação e modernização da rede foi implantada na sede do instituto, no bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre. De acordo com o superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, José Cleber Souza, o projeto reforça o foco do serviço na agricultura, embora também contribua para melhoria de oferta de informação e previsão a gestores públicos de áreas urbanas.

Com a ação, a rede de estações da União no RS passa das atuais 55 unidades para 103, sendo 48 em novos locais. Hoje, são 44 estações automáticas (que fornecem dados por meio de sistema online), que serão modernizadas, e 11 convencionais (nas quais um operador precisa recolher as informações). Cinco convencionais serão mantidas, pois são importantes para regulagem da precisão dos equipamentos. Atualmente, as estações estão distribuídas em 50 locais no Rio Grande do Sul.

“É uma evolução tecnológica que permite ampliar os dados coletados e a rede de estações. Isto viabilizará uma maior cobertura sobre o deslocamento ou formação de fenômenos meteorológicos que afetam o tempo e o clima no Estado, como os ciclones no litoral e as frentes frias na fronteira”, disse Souza.

As novas estações passam a oferecer dados sobre temperatura e umidade do solo, que se somam às tradicionais informações sobre variáveis atmosféricas, como temperatura, vento, pressão e precipitações.

“O Rio Grande do Sul está sendo o primeiro estado a contar com estações com este perfil”, ressalta o superintendente. “O agricultor poderá acompanhar a disponibilidade de umidade do solo. A informação também é importante para gestores municipais, que poderão acompanhar a saturação de umidade no solo e, com isso, reduzir riscos de deslizamentos”, acrescenta Souza.

As estações transmitem dados por sinal de internet e, em caso de indisponibilidade da rede, por satélite. Em operação de rotina, os dados serão captados e transmitidos com intervalo de uma hora, mas há possibilidade de reduzir o período de tempo para 15 minutos, auxiliando no monitoramento e prevenção de eventos extremos. Os sensores das estações utilizam tecnologia italiana. A produção e instalação do conjunto é realizada por empresa nacional.

O superintendente do Mapa no Estado salienta a mudança estrutural e de concepção na gestão do Inmet.

“Passamos de uma estrutura baseada em equipamentos analógicos, com dados coletados por observadores, transmitidos, sistematizados e totalizados com base na intervenção humana, para uma estrutura capaz de captar e registrar de forma automática uma maior gama de dados, inclusive de solo”, explica Souza.

As novas estações automáticas estão alinhadas com as recomendações da Organização Meteorológica Mundial e com as organizações meteorológicas de países que são referência internacional.

“Teremos uma espécie de revolução nos próximos meses”, projeta Marcelo Schneider, coordenador da Divisão de Meteorologia do Mapa.

O investimento total na atualização e ampliação dos equipamentos, assim como as alterações na gestão do Inmet, soma R$ 25 milhões. O instituto terá a equipe de meteorologistas reforçada com 40 contratações, para a sede em Brasília, além da constituição de equipes de manutenção dos aparelhos, que têm garantia de dois anos.

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