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Nova sede da Escola de Autistas completa um ano

Há um ano, a Prefeitura entregou para a população a nova estrutura da Escola Municipal dos Autistas (EMAU) Professora Olga Caetano Dias, reivindicada pela comunidade para ser um espaço de formação e inclusão às crianças e adolescentes com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Estamos comemorando um ano de atividades em um local projetado para que os alunos tenham o seu potencial explorado ao máximo com interação e a aprendizagem de diferentes habilidades. Um espaço que representa o compromisso com a educação, a inclusão e a atenção às pessoas com autismo em Passo Fundo”, exclama o prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida. 
Conforme o secretário de Educação, Adriano Canabarro Teixeira, a Escola Olga faz parte de um conjunto de ações importantes que a Prefeitura Municipal de Passo Fundo tem feito na área de Educação Especial. “Para além de monitores, salas de recurso, Centro Pós-Covid e formação de professores, disponibilizamos para a comunidade a infraestrutura e os recursos metodológicos especializados da Escola Olga e de seus profissionais. Na EMAU, para além da complementação dos processos específicos para a aprendizagem de autistas realizado em nossas escolas regulares, atendemos sujeitos que já não frequentam a escola mas que precisam aprender e se desenvolver. Neste aspecto, a Escola de Autistas já presta um serviço de cidade educadora desde sua fundação”, frisa o secretário.
De acordo com a diretora da Escola, Fabiane Placedino, a Olga atende atualmente 127 pessoas com TEA, entre crianças e educação infantil, até jovens e adultos. “Crianças da educação infantil, ensino fundamental 1 e 2, a gente atende com toda essa questão de suplementação pedagógica, trabalhando neste espaço o que eles precisam para realmente efetivar a inclusão deles na escola. Com os jovens adultos, que seria mais uma etapa, já pensando que eles têm mais idade, a gente trabalha em formas de oficinas pedagógicas, jogos matemáticos, jogos lúdicos, informática, atividades físicas, atividades psicomotoras”, ressalta. 
A diretora frisa que a importância da instituição é trabalhar a criança para que efetive a inclusão no ensino regular. “Trabalhamos aqui para que realmente essa inclusão aconteça, para que ela deixe de ser uma inclusão só no papel, para que nossos alunos tenham condições de estar na escola regular. Toda a nossa estrutura também é trabalhada o mais semelhante possível com a escola regular. Horário de entrada, troca de professor, recreio deles junto, para eles habituarem com o recreio, porque lá na outra escola eles estarão todos juntos, vai ter barulho, tem toda a questão da sensibilidade. Por isso procuramos fazer da Olga o mais próximo possível da rotina escolar para facilitar a adaptação deles, trabalhando o que precisam para estar inseridos”, destaca Fabiane.
Segundo o pai do aluno Ederson, 23 anos, Emerson Drebes, a Escola de Autistas é muito importante para o desenvolvimento do filho, pois ele já não está mais na idade do ensino fundamental, o ensino regular, então ele frequenta somente a Escola de Autistas, o que para ele é um avanço importante. 
“A Escola de Autistas para os nossos filhos é essencial, porque dá um suporte para todos os alunos que vão na rede regular e no turno inverso frequentam a Escola de Autistas. E vai além disso, muitos que têm o nível do suporte dois ou três que vão precisar de mais ajuda, quando não forem mais no ensino fundamental, no ensino médio, ou por um motivo ou outro não conseguem concluir o ensino fundamental, o ensino médio, eles poderão continuar na Escola de Autistas, o que é importante, fundamental porque o autista tem uma característica, muitas vezes, quando ele para de ser estimulado, ele tem a tendência a regredir e a escola de autistas permite com que ele sempre vai evoluindo, pois lá tem atividades diversificadas que fazem com que o autista evolua, faz com que o autista explore suas capacidades, então é muito importante para isso”frisa Drebes. 
O pai ainda afirma que a nova sede inaugurada em  8 de outubro de 2022, foi uma conquista, uma luta de muitos anos e um sonho que foi realizado. “Começou quando o ex-prefeito e hoje deputado federal, Luciano Azevedo, assinou que ia destinar a verba do pré-sal para a construção da escola de autistas e o nosso prefeito Pedro concluiu e inaugurou a obra da Escola de Autistas. Foi um grande ganho para todos nós, é imensurável o benefício que traz para todos os autistas e seus pais também, porque os pais sabem que eles vão estar no ambiente escolar com profissionais preparados e qualificados para atender os seus filhos. Então, nós, pais de autistas, só temos a agradecer a oportunidade de termos a Escola Municipal de Autistas, Professora Olga Caetano Dias, aqui na nossa cidade de Passo Fundo”, enaltece Drebes.
Escola Municipal dos Autistas Professora Olga Caetano Dias
A primeira sede da Escola dos Autistas foi na rua Morom, próximo à escola Notre Dame, e atendia a 10 crianças. Com o passar do tempo e o aumento de crianças que necessitavam de atendimento especializado, a escola foi transferida para o prédio da Rádio Planalto, no Bosque Lucas Araújo. Nesta fase, em função de mudanças na legislação, a Escola passou a oferecer exclusivamente atendimento pedagógico a mais de 35 crianças e adolescentes.
Já sediada no Seminário Nossa Senhora Aparecida, passou gradualmente a aumentar o número de atendimentos e, atualmente, atende 104 crianças, adolescentes e adultos com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Além do trabalho pedagógico e de suporte à escola regular que o aluno frequenta, a Escola trabalha as questões de estruturação e socialização, utilizando metodologias específicas voltadas ao Autismo. Também oferece, através de parcerias, oficinas de equoterapia e atividades aquáticas. O quadro de professores é composto por 18 profissionais, todos com especialização em Educação Especial Inclusiva e curso de aperfeiçoamento em TEA.
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