O estado abriga fenômenos atmosféricos regionais que impactam diretamente o tempo e a temperatura. Minuano, Pampeiro, Nordestão, Vento Norte e Vento Sul são nomes que fazem parte do vocabulário popular e da identidade climática do Rio Grande do Sul.
Minuano
De origem polar, o Minuano sopra do sudoeste e é típico das estações mais frias. Ele costuma surgir após a passagem de frentes frias, trazendo queda acentuada na temperatura e céus limpos. O nome vem do povo indígena Minuano, que habitava os campos do sul, e até hoje é sinônimo de vento cortante e seco.
Pampero
O Pampero sopra dos pampas argentinos rumo ao território gaúcho. É forte, repentino e costuma vir acompanhado de chuvas intensas e queda brusca de temperatura. É mais comum no inverno e, muitas vezes, anuncia geadas nos dias seguintes.
Nordestão
Soprando do nordeste, o Nordestão é quente e seco, predominante no verão. Ele potencializa as ondas de calor, aumenta o desconforto térmico e influencia diretamente a agricultura e o consumo de energia.
Vento Norte
Quando sopra do norte, o vento traz altas temperaturas e baixa umidade. O Vento Norte é típico dos dias mais quentes do ano e pode acelerar a chegada de frentes frias, criando contrastes bruscos no clima.
Vento Sul
Na contramão, o Vento Sul chega com ar mais fresco e úmido, suavizando o calor e aumentando a umidade. Costuma aparecer após frentes frias e proporciona alívio durante os períodos mais abafados.
Mas não é só vento, é cultura. No cancioneiro gaúcho, existem muitas músicas que falam sobre os ventos do nosso estado, uma prova de que eles não são apenas elementos da geografia, mas sim parte viva da identidade e da alma cultural do povo gaúcho.