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Passo-fundense que perdeu tudo durante as enchentes em Canoas consegue carona para voltar para sua cidade natal Através da reportagem feita pela Rádio Planalto, voluntárias entraram em contato para ajudá-la.

Sônia Maria Schmitz deseja voltar para Passo Fundo. Foto: Arquivo Pessoal

Através da reportagem feita com exclusividade pela Rádio Planalto, a passo-fundense Sônia Maria Schmitz que desejava voltar para sua cidade natal após perder sua casa e seus pertences em Canoas, onde morava, conseguiu ajuda.

Isso só foi possível graças à ação conjunta das voluntárias Bruna Breitenbach e Rita Farias, de Passo Fundo, que, ao saberem da história da dona Sônia, buscaram alternativas para trazê-la à cidade.

Neste sábado (25), um motorista de aplicativo buscará Sônia no abrigo em que ela está, em Canoas, e a levará até o novo local em que está funcionando a rodoviária de Porto Alegre, onde pegará o ônibus para Passo Fundo.

Nossa equipe entrou em contato com Bruna para saber mais detalhes sobre a iniciativa. À Rádio Planalto, ela contou que sua colaboração se dá através do projeto ‘Novos Horizontes’. O programa é uma iniciativa do Hub Aliança desenvolvido com a participação da startup Hapy, juntamente de outras empresas.

“Com as doações que já havíamos recebido através da nossa startup, eu e meu sócio optamos por comprar a passagem de ônibus para ela vir amanhã mesmo para Passo Fundo e conseguir resolver essa situação da dona Sônia”, explica.

O projeto, segundo Bruna, foi criado para acolher e direcionar pessoas que tenham perdido tudo durante as enchentes e que tenham vínculo com Passo Fundo.

“Nós estamos mobilizados desde o início de toda essa situação climática aqui no Rio Grande do Sul, tentando ajudar. Encaminhar para vaga de emprego, moradia, acolhimento, atendimento psicológico. O caso da dona Sônia não atendia exatamente as demandas do programa, então tentamos ajudar da forma que foi possível, que é tentar trazê-la o mais rápido para Passo Fundo”, contou.

A repercussão da história mobilizou outras pessoas a colaborarem, como Rita, que, embora não faça parte do programa, atua como voluntária na cidade e foi a responsável por conseguir um contato de um aplicativo de confiança para buscar dona Sônia no abrigo.

“Como a dona Sônia acabou ficando doente, entendemos que ela tinha essa urgência em sair do abrigo e vir para cá, então por isso a gente tentou agilizar o máximo possível a vinda dela para ela estar aqui junto dos seus familiares, em um melhor acolhimento do que ela estava lá no abrigo”, disse Bruna.

Nós seguimos em contato com dona Sônia, que diz estar muito agradecida pela ajuda recebida e ansiosa para finalmente chegar a Passo Fundo. As voluntárias também se colocaram à disposição dos familiares de Sônia caso precisem de algum auxílio.

O programa Novos Horizontes, como mencionado, oferece auxílio para pessoas afetadas pelas enchentes. Mais informações podem ser encontradas através do Instagram do projeto e das empresas envolvidas: @novoshorizontes.360 e @hapybr.

 

Relembre o caso:

Uma passo-fundense está vivendo um drama em Canoas após perder sua casa e todos os seus pertences devido às enchentes que atingiram fortemente a cidade. Embora Sônia Maria Schmitz e sua família tenham sobrevivido, não restou mais nada, além de a esperança de recomeçar em sua cidade natal.

Após a cobertura do Grupo Planalto em Canoas, familiares de Sonia entraram em contato com nossa equipe de reportagem pedindo ajuda para voltar para Passo Fundo.

“Eu morava no bairro Mathias Velho, perdi todas as minhas coisas e quero ir para aí morar junto com minha irmã”, disse Sonia em sua primeira mensagem enviada à Rádio Planalto.

Devido aos estragos causados em rodoviárias e, principalmente nas estradas, Sônia diz não ter acesso a ônibus ou qualquer outro meio para sair da cidade, por isso, suplica por ajuda para sair do abrigo Ulbra, onde se encontra desde que perdeu sua casa.

“É a única coisa que eu quero, chegar até Passo Fundo. Eu queria ir de ônibus, mas não tem como eu ir, não tem como sair daqui”, relatou.

Sônia conta ainda, que está cuidando de um dos seus netos, de apenas um ano e dois meses, pois sua filha, que tem outros dois filhos, também perdeu tudo com os alagamentos.

Aos prantos, a passo-fundense reforça a necessidade de ir embora do abrigo e vir para casa dos seus familiares, pois ela e o seu netinho estão doentes, sofrendo em um local com poucos recursos devido à grande demanda de abrigados.

“Desde já agradeço vocês, Deus abençõe e que vocês consigam me tirar daqui. Está todo mundo desesperado para eu ir para lá e eu estou ansiosa para sair daqui. Estou com um gripão, peguei uma infecção, o nenê também está enjoado porque é muito tumulto. Eu estou nervosa, quero sair daqui de uma vez, não aguento mais ficar aqui, meu neto está doente, não come nada faz três dias, só mama um pouquinho”, lamenta.

O seu plano é vir para Passo Fundo junto com seu neto, enquanto sua filha, que tem ajudado no abrigo até poder voltar para sua casa, tenta organizar sua vida em Canoas junto dos outros filhos.

“Vou levá-lo junto até minha filha poder se equilibrar. Está muito triste aqui, muito complicado, não vejo a hora de ir para casa”, conta.

 

 

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