No início da década de 1980, os dispositivos tecnológicos eram grandes, escassos, caros e com pouca capacidade de processamento. A internet chegava aos poucos em todos os cantos do mundo e os desafios para usar a ferramenta começavam a surgir. Com uma visão inovadora e a partir da iniciativa de funcionários do Departamento de Tecnologia da UPF, professores e profissionais da área, em 1984 criou-se o curso de Ciência da Computação. Ao completar 40 anos, o curso chega consolidado e presente nas transformações atuais da sociedade.
A ideia da criação do curso, o primeiro no interior do Estado, surgiu para atender as necessidades da região. Conforme o professor Eder Pazinatto, coordenador da graduação, desde o início a busca por uma constante atualização sempre foi um desafio, pois a velocidade de atualização tecnológica na área de Computação é muito rápida e transformadora a cada ano. Para ele, hoje é possível ver a inversão do que ocorria na década de 80. “Os dispositivos, tal como os processadores, são minúsculos e com alto poder de processamento, algo que oferece uma gama muito grande de possibilidades, criação de soluções e atendimento de demandas variadas. Certamente, a maior contribuição do curso para toda a região foi e está sendo a formação de recursos humanos qualificados e de acordo com as necessidades do mercado da área de Tecnologia da Informação”, observa.
Pazinatto ressalta que até o momento o curso já formou mais de mil alunos, com atuação na região e em diversas empresas nacionais e internacionais do setor de Tecnologia da Informação. Ao longo de todo esse processo, foram muitos os avanços tecnológicos, desde a transformação do poder de processamento, do tamanho dos dispositivos, das conexões e interligações através das redes de computadores, da popularização da Internet no Brasil e o desenvolvimento de aplicações para esses meios, até o surgimento das redes sociais e a proliferação de soluções com uso de Inteligência Artificial.
Neste contexto, conforme o professor, a atualização na UPF sempre ocorreu com investimento em tecnologia, pesquisa, e na formação de docentes preparados e qualificados para acompanhar e transmitir o conhecimento ao meio acadêmico. “O curso de Ciência da Computação da UPF sempre priorizou a parceria do trabalho teórico e prático das aulas com momentos de parceria com empresas de TI e convênios com instituições no Brasil e no exterior, com atualização do que há de mais novo em tecnologia. Resultado deste trabalho intenso foram inúmeros projetos de sucesso, alunos destaques atuando em empresas em várias partes do mundo, ou com negócios consolidados, e estudantes com os melhores resultados do estado em avaliações realizadas pelo Ministério da Educação”, ressaltou, lembrando que no último ciclo avaliativo do Enade, os alunos do curso obtiveram a quarta maior nota do país, sendo a mais alta nota do Rio Grande do Sul.
Um futuro desafiador que exigirá profissionais preparados
Dentre os principais desafios atuais dos profissionais, Eder Pazinatto pontua que é ter um bom conhecimento a respeito das inúmeras tecnologias disponíveis, alinhado com a importância de ter uma visão e entendimento das diversas área correlatas a Computação. “O desenvolvimento tecnológico está em todas as áreas e demanda conhecimentos para além dos técnicos, mas também de entendimento do negócio, onde a tecnologia estará sendo aplicada. Por isso, uma boa formação é cada vez mais indispensável”, ponderou.
Apesar da rápida evolução tecnológica, dos inúmeros benefícios, o futuro também apresenta desafios. De acordo com o coordenador, a atualização dos conhecimentos em tecnologias deve ser constante. Ele ressalta que questões de privacidade, segurança cibernética, inteligência artificial e a desigualdade digital ainda requerem atenção para garantir que as tecnologias sejam usadas de maneira ética e inclusiva. “No curso de Ciência da Computação da UPF, além do conhecimento técnico, estamos atentos na forma com que interagimos com a tecnologia e enfrentamos as novidades e as necessidades que envolvem soluções tecnológicas para um mundo cada vez mais conectado”, frisou.
Fonte: Assessoria UPF
