Grupo Planalto de comunicação

Projetos tradicionalistas sem LIC: “falta representatividade”, diz Gilda Galeazzi Ex-coordenadora da 7ª Região Tradicionalista e ex-presidente do MTG analisa exclusão de eventos, como o Rodeio de Vacaria

Foto: Nalin Jr/ Grupo Planalto de Comunicação

Muitas dúvidas dos motivos que levaram a 35ª edição do Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria não ter recebido recursos advindos da LIC (Lei de Incentivo à Cultura, que permite a captação de recursos de empresas patrocinadoras).

Conforme Gilda Galeazzi, ex-coordenadora da 7ª Região Tradicionalista e ex-presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, a pouca participação dos tradicionalistas nas conferências municipal, estadual e nacional, onde se discute projetos e aprovações.

No Rio Grande do Sul, o Conselho Estadual de Cultura é um órgão soberano, não sofrendo influência da Secretaria Estadual de Cultura ou do governo. Assim, Galeazzi deduz que exista pouca ou nenhuma presença tradicionalista no Conselho. “Dos 27 conselheiros, apenas três tem alguma relação com o tema, o que não significa a participação desses conselheiros nas comissões”.

Nas lembranças de Gilda Galeazzi, enquanto coordenadora da 7ª Região Tradicionalista, havia participação em encontros em Porto Alegre, absorvendo o compromisso e os custos. “As entidades não ajudam e as pessoas acabam não participando. O movimento também é muito visado, pois as pessoas entendem ser constituído apenas da elite da sociedade, esquecendo a participação da comunidade carente” completa.

Os projetos não avançam também por ser voltados à sociedade. “O Conselho pensa que fazemos atividades exclusivas e nenhum projeto do MTG acaba recebendo aprovação. Além disso, acontecem sorteio dos projetos para análise em câmaras temáticas e pode ocorrer de ninguém analisar pelo viés cultural” salienta.

Para alterar a nomeação do conselho, é necessário que se faça projetos a partir da Assembleia Legislativa, onde também a representatividade do tradicionalismo é baixa, explica Gilda Galeazzi.

Por fim, Galeazzi aconselha à organização do Rodeio de Vacaria – ou outros eventos – apresentar projetos ao Ministério da Cultura, obtendo recursos da Lei Paulo Gustavo. Não há necessidade de captação (este, modelo da LIC).

Facebook
Twitter
WhatsApp

Notícias Relacionadas

Categorias

Redes Sociais