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Saúde dos Rins para todos: complicações de doenças renais podem ser evitadas com diagnóstico precoce

Hoje, 9 de março, é comemorado o Dia Mundial do Rim, órgão que exerce papel fundamental no corpo, atuando como uma espécie de filtro que retira as impurezas do sangue e o excesso de água do organismo. No Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, a data visa compartilhar informações sobre as doenças renais, com foco na prevenção, no diagnóstico precoce e no tratamento especializado.

Neste ano, a campanha da Sociedade Brasileira de Nefrologia aborda o tema “Saúde dos rins e exames de creatinina para todos: cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados”. Atualmente, no Serviço de Terapia Renal Substitutiva do HSVP, 200 pacientes estão em hemodiálise e mais de 50 pacientes realizam diálise peritoneal. O local é referência para o atendimento de mais de 60 municípios, ou seja, de uma população superior a meio milhão de pessoas.

Conforme a nefrologista, Fabiana Piovesan, os médicos precisam solicitar a realização do exame de creatinina para avaliar se os rins estão funcionando adequadamente e evitar o diagnóstico tardio de doenças. “A creatinina é um importante produto do metabolismo muscular que temos no sangue. Se existe algo errado nos rins, seu aumento é visível. Então, quando os rins não funcionam de maneira adequada, sua filtração fica comprometida e boa parte não é eliminada. Quanto mais alta estiver, mais grave pode ser a insuficiência renal”, explicou.

Hemodiálise X diálise peritoneal

A hemodiálise e a diálise peritoneal são terapias de substituição da função renal, requeridas quando os órgãos apresentam função abaixo de 10%. Conforme a enfermeira Sinara Rapachi, coordenadora do setor no HSVP, a hemodiálise, realizada três vezes por semana, à nível hospitalar, com sessões com duração de 4 horas cada, filtra o sangue e remove as toxinas do corpo por meio de uma máquina e um dialisador. Após a remoção das impurezas na máquina, o sangue é devolvido ao corpo. No caso da diálise peritoneal, o paciente treinado realiza o procedimento em casa, todos os dias, através de um cateter abdominal. Atualmente, no Brasil, são mais de 140 mil pacientes em programa de diálise.

Ação preventiva no Ambulatório de Especialidades HSVP/UFFS

Nesta quinta-feira, o Serviço de Terapia Renal Substitutiva, a Residência Multiprofissional do HSVP e os acadêmicos do curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo, vão realizar uma ação preventiva no Ambulatório de Especialidades, localizado na sede Universidade Federal da Fronteira Sul. Das 8h ao meio-dia e das 13h30 às 17h, os profissionais vão realizar uma ação orientativa sobre o uso de medicamentos e dicas de nutrição que ajudam a prevenir o risco de doenças renais. 

Infelizmente, a grande maioria dos problemas renais é silencioso, ou seja, o indivíduo portador de disfunção renal somente apresentará sintomas em fases avançadas da doença. Por isso, pessoas com pressão alta, diabete melito, cálculos renais e infecções urinárias de repetição devem ficar atentas e visitar regularmente o médico a fim de evitar a insuficiência renal crônica ou a necessidade de hemodiálise ou diálise.

Em países desenvolvidos a prevalência de doença renal crônica está em torno de 13%. Os sintomas mais comuns de problemas renais são inchaço nas pernas e face, aumento da pressão arterial, diminuição do volume de urina, urinar mais frequentemente à noite, perda de apetite, espuma ou sangue na urina, anemia e emagrecimento.

A Dra. Fabiana Piovesan faz ainda algumas recomendações para quem integra o grupo de risco: “faça o adequado controle da pressão arterial e do diabete melito, diminua o colesterol e a obesidade, controle o uso de sal, utilize medicações específicas na tentativa de manter e preservar a função renal, e realize um  controle médico rigoroso das patologias associadas”, destacou a médica do HSVP. 

Texto: Ana Paula Koenmann – Comunicação HSVP

Foto: Divulgação  

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