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Secretaria da Agricultura mantém vigilância permanente para evitar a entrada da gripe aviária no RS

A Divisão de Defesa Sanitária Animal (DDSA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul está em alerta e monitora de forma permanente a evolução dos focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade – IAAP a partir do registro de focos no Uruguai e Argentina.

“Nós estamos reforçando as medidas de prevenção junto à cadeia avícola e incrementando mecanismos de detecção precoce, no atendimento de notificações de casos suspeitos em aves domésticas e silvestres”, destaca Rosane Colares, diretora do DDSA.

Atendendo ao Plano Nacional de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, o Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS) está realizando uma amostragem de vigilância ativa de aves de subsistência em propriedades localizadas em áreas de maior risco está sendo realizada. Estão incluídas propriedades próximas a sítios de aves migratórias assim como de municípios em regiões de rotas de migração. Todas as amostras coletadas até o momento foram negativas nos testes laboratoriais. E também realizou recentemente fiscalização de 347 granjas com avaliação clínico-epidemiológica dos lotes e colheita de amostras. Não houve detecção viral em nenhuma amostra coletada.

As ações incluem ainda fiscalização em estabelecimentos de venda de aves vivas, comunicação de risco e educação sanitária nos municípios, palestras técnicas orientando os produtores quanto às medidas de prevenção e à importância da notificação, vigilância em parques comunitários e atendimento de toda e qualquer notificação de caso suspeito.

Além disso, um grupo técnico também foi criado, com integrantes da Seapi, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Organização Avícola do Rio Grande do Sul para acompanhamento da situação. “A participação da iniciativa privada é primordial para articulação da cadeia produtiva avícola. O objetivo é a atuação de forma estratégica na comunicação de risco, gestão de vigilância e preparação para resposta à eventual ingresso da doença, promovendo a articulação com o setor produtivo, órgãos ambientais e de segurança do Estado”, destaca Rosane.

A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa e fatal para aves domésticas e silvestres com graves consequências ao comércio internacional. Os seres humanos também podem ser acometidos pela doença através do contato com aves infectadas. Mas não há risco de transmissão pelo consumo de ovos ou de carne de aves.

Recomendações aos produtores e criadores de aves de subsistência (fundo de quintal):

  • Reforço das medidas preventivas nos estabelecimentos avícolas:
  • Revisar as telas, passarinheiras, portões e cumeeiras dos galpões;
  • Proteger fontes, caixas d’água e silos de ração do contato com aves de vida livre;
  • Desinfecção de veículos na entrada e saída (atenção para a correta diluição conforme recomendação na bula);
  • Realizar a troca de roupas e calçados para ingressar na unidade produtiva;
  • Não permitir a entrada de pessoas alheias ao processo produtivo nas granjas;
  • Criações de aves com acesso a piquetes ou pátios: recomenda-se o fechamento das aves em galpões ou galinheiros e a proteção de bebedouros e comedouros para que seja evitado o contato com aves de vida livre;
  • Comunicar imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) em caso de ocorrência de alta mortalidade (maior ou igual a 10% em 72 horas) ou da identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou digestórios.

Orientações à população

  • Não manipular nem recolher as aves mortas ou moribundas;
  • Adquirir aves somente em casas agropecuárias devidamente autorizadas;
  • Comunicar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência de aves com sinais respiratórios, neurológicos, digestórios ou alta mortalidade, inclusive em aves silvestres. 

Para quem ligar em caso de suspeita

Qualquer caso suspeito deve ser comunicado diretamente à Inspetoria de Defesa Animal (IDA) do seu município ou através do whatsapp (51) 98445-2033. A comunicação imediata de ocorrências suspeitas permite ao SVO a aplicação de medidas de contingência, evitando a disseminação da doença em caso de ingresso no país.

Foto: Divulgação/Seapi

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