Um caso que gerou grande repercussão no ano de 2014 em Passo
Fundo será novamente lembrado nesta terça-feira (14). O caso “Sem Terra”,
assassinato de um jovem no Bairro São Luiz Gonzaga.
Alisson Vieira da Rosa Locatelli, 24 anos na época, foi
morto a tiros no interior de sua residência, na Travessa Panamá, no bairro São
Luiz Gonzaga. A polícia apontou um tenente da Brigada Militar e sua filha como responsáveis
pela execução.
A vítima possuía passagens por estelionato, especialmente na modalidade do
bilhete premiado e carregava o apelido de “Sem Terra”.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público,
o tenente aposentado, Almirante Jesus da Silva e sua filha, que na época era
companheira do Sem Terra, Franciele da Silva, planejaram o crime.
Por questões financeiras, os dois arquitetaram o assassinato
e o consumaram na noite do dia 23 de julho de 2014. Na oportunidade, Franciele
estava na casa com a vítima e facilitou a entrada do pai. Alisson foi baleado e
morreu enquanto dormia.
A investigação policial apontou que para não levantar
suspeitas, Franciele se fingiu de vítima e foi deixada amarrada em outro cômodo
da casa.
Após dez meses de investigação da Delegacia de Homicídios e
de Proteção à Pessoa (DHPP), Almirante e Franciele tiveram suas prisões
decretadas. O homem foi preso enquanto trabalhava no Colégio Tiradentes e a
filha chegou a ficar foragida.
Atualmente, os dois respondem o crime em liberdade e, após
quase 10 anos irão a júri popular.
O julgamento ocorre nesta terça-feira no Fórum de Passo
Fundo. Os dois terão a chance de provar sua inocência ou terem comprovadas as
acusações que são responsáveis pelo assassinato do Sem Terra.
A acusação ficará a cargo do promotor de Justiça Antônio
Kepes e terá em sua assistência o advogado Jader Marques; A defesa de Franciele
será feita pelos advogados Fernando Tres Fior e Vanessa Lara Mello; Já o
tenente da reserva será defendido pelo doutor Manoel Pedro Silveira Castanheira.
O julgamento será conduzido pela juíza Rosali Terezinha Chiamenti
Libardi e contará com sete jurados da comunidade passo-fundense.
A Planalto News entrou em contato com a defesa dos acusados
e deixa o espaço aberto para manifestação.