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“Sempre cuidei dela”, diz dona de boate alvo de ataques após morte de jovem argentina em Giruá

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A morte trágica de Viviana Villalba, uma jovem argentina de 22 anos, atropelada em Giruá, tem gerado especulações na pequena cidade do Noroeste gaúcho. Enquanto a Polícia Civil investiga os eventos, informações falsas circulam entre os 16 mil habitantes locais. Em resposta, a boate onde Viviana trabalhava emitiu um comunicado.

Viviana, que morava há duas semanas nas proximidades da boate, já frequentava o local esporadicamente há dois anos, segundo Keterlin Almiron, a proprietária. “Ela era uma pessoa extrovertida, educada e muito querida por todos. Morreu no dia do próprio aniversário; planejávamos um churrasco para celebrar. Ainda estamos chocados com o que aconteceu”, lamenta Keterlin.

Após o fechamento da boate por volta de 1h30min na noite dos eventos, Viviana teria deixado o local a pé horas depois, vestindo apenas um moletom, sem avisar os demais presentes. “Se tivesse visto, teria tentado impedi-la. Era minha amiga, sempre a protegi”, afirma Keterlin, refutando acusações de cárcere privado e maus-tratos que circularam após a tragédia.

Após o atropelamento, Keterlin cruzou a fronteira para buscar os familiares de Viviana e os hospedou em Giruá até a liberação do corpo. Ela pede que o motorista envolvido seja responsabilizado criminalmente. “Além de não prestar socorro, o condutor não demonstrou empatia alguma. Ela era humana; não merecia morrer assim. Peço justiça às autoridades”, conclui Keterlin.

Leia a nota do estabelecimento onde a vítima trabalhava

É com profundo pesar que a Boate Êxtase se manifesta publicamente acerca do trágico falecimento de Viviana Beatriz Villalba, ocorrido na madrugada do dia 08 de junho de 2025. Expressamos, primeiramente, nossos mais sinceros sentimentos à família e amigos neste momento de dor e consternação. Lamentamos profundamente a perda precoce de Viviana, profissional que fazia parte de nossa equipe.

Em respeito à verdade dos fatos e em razão das informações veiculadas nas redes sociais, vimos por meio desta esclarecer: Na noite de 07 de junho para 08 de junho, a casa encerrou oficialmente suas atividades por volta da 1h30. Viviana deixou as dependências da boate aproximadamente às 3h42, conforme registro de câmeras de monitoramento, quando o estabelecimento já se encontrava fechado.

Ela trajava um moletom, aparentemente utilizado como vestido, meias nos pés e carregava consigo um aparelho de som portátil, um telefone celular e um carregador. A imagem do sistema de monitoramento interno foi prontamente disponibilizada às autoridades competentes, colaborando integralmente com as investigações. Minutos após sua saída, segundo informações repassadas pela Polícia, Viviana foi vítima de um atropelamento na ERS-344.

O laudo pericial, emitido pelos órgãos responsáveis, confirmou que a causa da morte foi POLITRAUMATISMO decorrente do atropelamento, sem indícios de disparos de arma de fogo ou qualquer tipo de violência sexual, conforme chegou a ser especulado de forma irresponsável em redes sociais.

Também foi apurada e descartada a informação de que o condutor do veículo envolvido no atropelamento teria permanecido na boate na mesma noite ou possuía qualquer vínculo com a vítima. Reiteramos que não houve qualquer briga, tumulto ou ocorrência de tiroteio no interior da casa naquela ocasião.

O corpo de Viviana foi liberado e encaminhado à sua cidade natal, onde sua mãe providenciou os trâmites para o velório e sepultamento. Durante todo o período, a família esteve acolhida na residência da proprietária da casa, e recebeu, da nossa parte, todo o apoio possível.

Destacamos também que a Prefeitura Municipal de Giruá prestou suporte logístico para o traslado até o porto. Até o momento, segundo informações compartilhadas pela própria família, não houve qualquer

contato ou manifestação de apoio por parte do condutor do veículo envolvido no atropelamento.

Lamentamos profundamente a perda de Viviana e nos solidarizamos com sua família e amigos. Pedimos, com respeito, que cessem as especulações infundadas, dando espaço para que a dor e o luto sejam vividos com dignidade e respeito à memória da vítima.

* com informações do Correio do Povo.

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