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Setembro Amarelo: uso excessivo de telas pode influenciar na saúde mental, orienta médico Psiquiatra do HSVP reforça cuidados que devem ser levados em conta devido a utilização exagerada de redes sociais

Foto: HSVP (divulgação)

A tecnologia mudou a forma de se comunicar, relacionar e trabalhar. Pesquisas recentes apontam que os brasileiros utilizam dispositivos como smartphones e computadores entre 8 a 10 horas, em média, todos os dias. Mesmo sendo essencial na realização de determinadas atividades, o uso excessivo de telas pode ocasionar impactos significativos na saúde mental.

Segundo o médico psiquiatra e integrante do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo, Dr. Juliano Szulc Nogara, o fácil acesso às redes sociais influenciou consideravelmente para o isolamento das pessoas. “Nos últimos tempos se tem vivido um grande paradoxo. Em nenhum outro momento se teve um acesso tão fácil e efetivo a comunicação, contudo com tal comunicação facilitada as pessoas deixaram de lado o encontro presencial e afetivo, o contato real, o mundo que parece ‘real’ é o dos aplicativos, plataformas e dos sites de relacionamento”, afirma.

O ambiente virtual, conforme explica o especialista, pode gerar alguns sentimentos negativos. “Neste ambiente, que é no mínimo idealizado, pode-se afirmar que nascem parâmetros ilusórios e muitas vezes inatingíveis de satisfação e felicidade. Sendo inatingíveis, trazem frustração e descontentamento, ou ainda uma busca desenfreada à perfeição”, complementa.

Além disso, pessoas que passam muito tempo em frente a telas podem apresentar mudanças significativas de humor e de comportamento. “A comunicação com respostas imediatas que atualmente vivemos cria uma atmosfera ansiogênica. O excesso de demandas, quase imediatas, causa maior cansaço e desgaste emocional. O ser humano é um ser social, a comunicação via telas (virtual) jamais vai substituir, com qualidade e satisfação, a interação olho-no-olho (presencial). Ainda, a capacidade de demonstrar afeto via tela é muito limitada e, por vezes, artificial, o que pouco combina com satisfação pessoal plena e momentos felizes”, destaca o Dr. Juliano.

Alguns sinais podem servir como alerta de que há um descontrole no uso de telas, como, por exemplo, quando é deixada de lado qualquer possibilidade de interação social. “Aquela pessoa que tem a sensação frequente de falta de tempo, negligencia as relações afetivas e outros prazeres da vida, como sair com amigos ou ir a comemorações de pessoas queridas, e permanece ‘conectado’ com a telas, deve preocupar-se, pois o tempo para tal deve ser limitado e, principalmente, as relações de amizade e afetivas jamais devem ser substituídas por relações ditas ‘virtuais’”, reforça Dr. Juliano.

Neste mês, através da campanha “Setembro Amarelo”, a população é convidada a refletir sobre saúde mental e prevenção do suicídio. Assim como o uso excessivo de telas, diversos outros fatores podem impactar de forma negativa no bem-estar da população. Nesse sentido, o psiquiatra reforça os principais pontos que devem ser observados com atenção: “Em primeiro lugar, as pessoas que apresentam sintomas como pensar em tirar sua própria vida devem procurar ajuda especializada, como médico psiquiatra e psicólogos, pois é sabido que 97% das tentativas de suicídio são cometidas por pessoas que apresentam algum transtorno psiquiátrico”, frisa.

O especialista destaca, ainda, o quão importante é as pessoas receberem apoio ao serem diagnosticadas com algum transtorno. “Todas aquelas pessoas com transtorno psiquiátrico diagnosticado devem ser respeitadas e apoiadas, e deve-se ter o entendimento que necessitam de tratamento e ajuda especializada. Quando com quadros moderados a graves, não serão capazes de melhorar se não fizerem um tratamento específico, que frequentemente necessita de psicofármacos”, complementa.

Pessoas com depressão costumam apresentar diversos sinais, tais como desânimo, indisposição, tristeza, desinteresse, apatia, dificuldade de concentração, ansiedade, pensamentos de morte, sono alterado, como dormir muito ou pouco, fome alterada, ou seja, muita ou pouca fome. “É importante saber como lidar com um familiar ou amigo com depressão. Mostre-se disposto a ouvir; não diga que o problema é frescura nem que a pessoa não se esforça o bastante; incentive a pessoa a realizar acompanhamento psicológico, psiquiátrico e a realizar atividades físicas”, conclui Dr. Juliano.

Preocupado em promover o bem-estar da população, o Hospital São Vicente de Paulo, através do Centro de Especialidades, dispõe de consultas por valor único com médicos renomados na área da psiquiatria. Para saber mais sobre o serviço, acesse o site www.hsvp.com.br/centro-de-especialidades ou entre em contato através do WhatsApp (54) 3316-4000.

 

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