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Soja: pouco produto, preço baixo e sem financiamento

O preço da soja caiu nessa quarta-feira(22) para R$ 151,00 a saca, preço de balcão, que é a cotação paga ao produtor que não tem silo  para fazer a armazenagem. Há exato um ano, o preço batia o recorde de R$ 200,00 a saca.
Portanto, a cotação atual é de cerca de R$ 50,00 a menos, ou 25% inferior  ao recorde de alta atingido no dia 21 de março de 2022. 
A queda nos últimos dias deriva de uma combinação de fatores baixistas.  Os preços estão caindo na Bolsa de Chicago em virtude da aversão ao risco, que é a incerteza do investidor com o produto, falta de reação no dólar e maior oferta brasileira por causa  do auge da colheita. 
Além do agravante dos preços baixos,  o produtor gaúcho enfrenta o dilema da baixa produtividade. As primeiras lavouras que estão sendo colhidas apresentam índices de produtividade de 20 a 35 sacas, em média por hectare.  O produtor que paga arrendamento na região do Planalto, normalmente tem que desembolsar o equivalente a 20 sacas por hectare somente para esse custo. Dessa forma, a produtividade cobre apenas o custo pago ao dono da terra. A estiagem continua assolando as lavouras. Mesmo as áreas cultivadas mais tarde estão sofrendo com a falta de chuvas. No início de março ocorreram algumas chuvas mais parelhas na região do Planalto, mas depois disso, em muitas áreas não houve mais precipitação.
Outro problema enfrentado no campo é a falta de recursos para custeio da lavoura. Desde o início do ano não há mais recursos nos bancos  para financiamento agrícola, mesmo  nos programas com as taxas de juros mais caras. O produtor rural está descapitalizado pelo terceiro ano consecutivo de seca e enfrenta a falta de financiamento bancário.
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