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Tratamento com cirurgia robótica devolve qualidade de vida para mulheres com endometriose Tatiane Nunes Roman, de 37 anos, voltou a ter uma vida normal após cirurgia no HSVP assistida por robô

Foto: Arquivo pessoal

Sentir cólica durante o período menstrual é comum para muitas mulheres, porém quando ela é tão intensa a ponto de impedir a realização de tarefas rotineiras pode ser sinal de uma doença grave que acomete, segundo o Ministério da Saúde, uma em cada dez mulheres no Brasil: a endometriose. Por conta dessa realidade, março foi escolhido como o mês de conscientização e sensibilização, através da campanha “Março Amarelo”

Uma dessas pessoas é a secretária do ramo joalheiro, Tatiane Nunes Roman, de 37 anos de idade, moradora da cidade de Guaporé. Mãe de dois filhos, ela teve os primeiros sintomas da doença em abril de 2021, após interromper o uso da pílula anticoncepcional. “Meu fluxo menstrual aumentou muito e comecei a sentir cólicas intensas, mas como eu havia parado de tomar o anticoncepcional depois de muitos anos, pensei que as dores seriam em decorrência disso”, conta.

Como as dores aumentavam a cada mês, Tatiane consultou com diferentes médicos na esperança de receber um diagnóstico, mas os exames solicitados não apontavam qualquer problema. “Desde o início das dores eu deixei de ter vida social. Eu não participava de compromissos com meus filhos na escola, negava convites para jantar com amigos e inventava desculpas para não sair, pois eu só queria ficar em casa para controlar a cólica e o desconforto. Eu cheguei a me questionar se a dor era algo da minha cabeça, já que nenhum exame trazia o diagnóstico”, relata.

Tatiane conviveu com a dor por cerca de dois anos até ser submetida ao exame de ressonância magnética e, desta vez, chegar ao diagnóstico: endometriose profunda. “Foi assustador e libertador ao mesmo tempo porque finalmente minhas dores tinham um nome e agora eu poderia encontrar uma solução”, afirma.

Os benefícios da cirurgia robótica para tratamento da doença

A médica ginecologista e integrante do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, Dra. Andréia Jacobo, explica que a endometriose é uma doença ginecológica benigna, inflamatória e hormônio-dependente. Sintomas como os de Tatiane, como cólicas progressivas e incapacitantes, são característicos da doença.

Segundo a médica, o tratamento cirúrgico é recomendado para pacientes que têm a doença em estágios mais avançados, com acometimento de algum órgão, para mulheres que estão com dificuldade de engravidar ou que, apesar do tratamento clínico, não estão tendo uma qualidade de vida em razão das dores.

No caso de Tatiane, a doença já havia acometido a bexiga e também o intestino, ou seja, a endometriose se expandiu para o interior desses órgãos, prejudicando o funcionamento adequado. Por conta disso, ela foi submetida a uma histerectomia total, retossigmoidectomia e cistectomia parcial, ou seja, a retirada do útero, uma parte do intestino e da bexiga com o robô Versius.

Conforme a Dra. Andréia, a cirurgia robótica traz inúmeras vantagens em comparação com a cirurgia convencional para mulheres que sofrem da doença. “As imagens são mais nítidas e em altíssima definição em 3 dimensões, possibilitando que o cirurgião possa remover as lesões causando menor dano tecidual e, desta forma, proporcionar uma recuperação pós-operatória mais rápida à paciente”, detalha a especialista.

Tatiane realizou a cirurgia em outubro de 2023. Cerca de seis meses após o procedimento, ela afirma que voltou a ter qualidade de vida. “Apesar de ser recente, minha qualidade de vida mudou muito desde que realizei a cirurgia. É como se eu fosse outra pessoa porque antes da cirurgia as dores já não eram só nos períodos menstruais, e sim todos os dias. Hoje eu consigo fazer necessidades fisiológicas sem sentir dor, voltei a ter momentos de lazer e a realizar coisas simples que antes pareciam impossíveis. Posso dizer que me sinto uma nova pessoa”, conclui Tatiane.

O robô Versius

Um dos mais modernos do mercado mundial, o robô Versius permite a realização de cirurgias minimamente invasivas, com maior precisão, redução de riscos de infecção e pós-operatório mais rápido. O equipamento da empresa britânica CMR Surgical estreou no HSVP há quase um ano e é utilizado em diferentes especialidades, como ginecologia e pélvica, coloproctologia, urologia, cirurgia torácica, oncológica e cirurgia geral. 

Créditos: Liliane Ferenci – Comunicação HSVP

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