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Vereadora Ada propõe Frente Parlamentar em apoio à construção da UPA em Passo Fundo

A superlotação das emergências dos hospitais, que, em casos extremos, chega a causar o fechamento momentâneo do setor, e as filas encaradas pelos doentes no Hospital Municipal em períodos de alta procura são problemas que, na opinião da vereadora Ada Munaretto (PL), poderiam ser evitados ou, pelo menos, amenizados se a cidade contasse com uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h). A necessidade de construção da estrutura pauta a proposta para criação de uma Frente Parlamentar na Câmara, que será protocolada pela vereadora.

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) faz parte da Rede de Atenção às Urgências. O objetivo é concentrar os atendimentos de saúde de complexidade intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a atenção básica, atenção hospitalar, atenção domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192. Ou seja, cada unidade – com seus diferentes níveis de complexidade e capacidade de atendimento – integra um sistema amplo de atendimento à população. Aqui em Passo Fundo, porém, na visão da vereadora Ada, está incompleto devido à falta de uma UPA.

O assunto não é novidade na agenda da parlamentar, que, conforme recorda, já propunha essa construção ainda antes de assumir o seu mandato. Já na Câmara, como uma de suas primeiras ações, foi em busca de informações junto à Secretaria de Saúde do Município. “A minha primeira visita do mandato, dia 07 de janeiro de 2021, foi para a então secretária de Saúde de Passo Fundo, Cristine Pilati, para falar da construção de uma UPA. Naquela ocasião, me dispus a buscar recursos junto a nossos parlamentares para isso. A secretária informou que a emergência do Hospital Municipal funcionaria como uma UPA, e que não precisaria construir uma outra”. Com essa resposta, Ada lembra que conversou então com a diretoria do hospital, e, ao saber da necessidade de recursos, buscou emendas parlamentares destinadas à unidade. “Os deputados enviaram recursos, e foram comprados equipamentos para a emergência e outros setores, além da destinação em dinheiro para a obra”, conta.

Sistema de atendimento complementar

A pauta é defendida ferrenhamente pela vereadora, que se baseia em números, visitas às unidades de saúde locais e a UPAs de outras cidades para argumentar a seu favor. “Hoje, nos hospitais, cerca de 65% das fichas são verdes [casos menos graves], que deveriam ser atendidas em uma UPA, que pode atender casos como traumas leves, primeiros socorros, inclusive, de um AVC, parada respiratória, porque ali há os aparelhos necessários”, lista. “Aí, ouvimos na imprensa sobre a superlotação das emergências dos hospitais e o seu fechamento temporário por isso; ou quando a pessoa vai ao Hospital Municipal e vê dezenas de pessoas no lado de fora. Isso tudo gera desconforto e um certo pânico na população. É necessária a construção de pelo menos uma UPA, mas digo que quatro serviriam bem a cidade e desafogaria os hospitais, que poderiam atender o que realmente lhes compete”, considera a vereadora. 

Ada conta que também obteve subsídios referentes ao tema durante o trabalho desenvolvido junto à Frente Parlamentar da Saúde Pública, em atividade na Câmara de Vereadores desde abril, da qual é vice-presidente. “Com o trabalho dessa Frente, tive a oportunidade de visitar muitas unidades de saúde de Passo Fundo. Conversamos com os pacientes e os servidores, e eles próprios apontam a necessidade de construção de uma UPA”. Também integram a Frente Parlamentar Mista de Saúde Pública, presidida pelo vereador Nharam Vieira de Carvalho (UB), o relator, vereador Cláudio Rufa Soldá (Progressistas), e as vereadoras Eva Valéria Lorenzato (PT) e Regina Costa dos Santos (PDT).

O que faria a nova Frente Parlamentar

Conforme a vereadora, se efetivada a Frente Parlamentar em Apoio à Construção da UPA em Passo Fundo, a intenção é fazer um estudo da viabilidade de locais para a instalação das unidades, analisar as questões orçamentárias, e congregar os próprios vereadores numa mobilização para a busca de recursos junto aos deputados. “Calculo que, contatando os deputados, já consegui mais de R$ 5 milhões em emendas para a saúde de Passo Fundo, pois há recursos federais para isso. Cada deputado tem em torno de R$ 175 milhões em emendas e a metade disso tem que ser destinada para a saúde. Os vereadores também têm as suas próprias emendas”, argumenta.

A instalação da frente depende de aprovação em Plenário, mas, confiante na proposta, Ada Munaretto defende a instalação ainda para este ano.

Foto e arte Comunicação Digital/ CMPF

 

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