O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) denunciou três ex-dirigentes do Brasil de Pelotas envolvidos em esquema de apropriação indébita majorada de recursos do clube. Eles também foram denunciados por associação criminosa, além de ter sido feito pedido de reparação de danos em valor superior a R$ 700 mil. Os investigAdos foram alvo da Operação Marcola, deflagrada em julho de 2024.
De acordo com o promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, coordenador do 10º Núcleo Regional do GAECO – Sul e responsável pela operação, os crimes ocorreram entre o final de 2021 e junho de 2024, período em que os denunciados utilizaram empresas em seus nomes para ocultar a apropriação de valores provenientes de bilheteria, patrocínios e prêmios em competições. Um dos episódios mais graves envolve o desvio de R$ 471 mil da premiação da Copa do Brasil de 2023, depositada diretamente na conta de um dos denunciados, com apenas parte do valor retornando ao clube Xavante.
Além disso, outro ex-dirigente denunciado se apropriou de R$ 102 mil em patrocínios pagos por cheque, enquanto um terceiro — também denunciado — desviou R$ 196 mil por meio de repasses em contratos de prestação de serviços. O promotor Rogério Meirelles Caldas ainda requereu a condenação dos três ao pagamento de indenização mínima de R$ 770 mil, correspondente ao prejuízo causado ao Brasil de Pelotas. A investigação, na época dos fatos, iniciou após a atual direção do clube procurar o MPRS.
FONTE: MINISTÉRIO PÚBLICO/RS