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Audiência de instrução sobre a Chacina da Cohab é realizada em Passo Fundo A audiência foi realizada na tarde de ontem, no Fórum de Passo Fundo.

Na tarde de ontem, dia 18 de dezembro, a 1ª Vara Criminal de Passo Fundo, sob a condução da Juíza de Direito Rosali Teresinha Chiamenti Libardi, deu início à primeira audiência de instrução do caso que apura as responsabilidades pelas mortes de Kétlyn Padia dos Santos (15 anos), Diênifer Padia (26 anos) e Alessandro dos Santos (35 anos), vítimas de asfixia no bairro Cohab, em Passo Fundo, no dia 19 de maio de 2020. A sessão, que começou às 14h15min e terminou às 18h30, contou com a presença dos réus Claudiomir e Fernanda Rizzotto, que estavam foragidos desde 2020 e foram presos recentemente, em outubro e novembro deste ano.

Durante a solenidade foram ouvidas 15 testemunhas de acusação, mas a audiência de instrução ainda não foi concluída, e novas sessões serão necessárias para a oitiva das testemunhas restantes. O caso segue em andamento, com a expectativa de que, após a finalização da instrução, o processo seja encaminhado para a sentença de pronúncia, o que determinará se o caso será levado a julgamento pelo Tribunal do Júri.

Fala da acusação – Promotor Diego Pessi

O Promotor de Justiça Diego Pessi detalhou o andamento do processo, ressaltando que ele foi dividido devido à prisão recente dos réus. “A instrução consiste na inquirição de testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, seguida dos interrogatórios dos acusados”, explicou Pessi. O promotor também mencionou que quase todas as testemunhas de acusação foram ouvidas, com exceção de uma que ainda será convocada para o próximo encontro. Após a oitiva de todas as testemunhas, o processo seguirá com os interrogatórios dos réus e, posteriormente, as alegações finais de acusação e defesa. A decisão sobre o envio do caso ao Tribunal do Júri será tomada após a sentença de pronúncia.

Fala da defesa de Fernanda Rizzotto – Advogada Andreia Tavares

A defesa de Fernanda Rizzotto, conduzida pela advogada Andreia Tavares, destacou a produtividade da audiência. Tavares afirmou que a sessão foi esclarecedora para a defesa de Fernanda, que teve a oportunidade de esclarecer que não tinha conhecimento das demais pessoas envolvidas no crime. “Ficou comprovado que Fernanda não tinha a intenção de cometer esse ato e que ela desconhecia as outras pessoas envolvidas”, afirmou a advogada. Ela também ressaltou que, apesar de a audiência ter sido um marco positivo para a defesa, ainda falta ouvir as testemunhas da defesa e os réus. A advogada acredita que, com o término da instrução, será possível esclarecer completamente os fatos.

Fala da Defesa de Claudiomir Rizzotto – Advogado Edmundo Vieira

O advogado Edmundo Vieira, que defende Claudiomir Rizzotto, destacou que ainda há muitos detalhes a serem esclarecidos no processo. “Foram ouvidas muitas testemunhas, principalmente do Ministério Público, mas ainda falta ouvir uma última testemunha da acusação e entre sete e nove testemunhas da defesa de Fernanda”, afirmou Vieira. O advogado também ressaltou a necessidade de celeridade no processo, mas frisou a importância de respeitar as normas do procedimento judicial para garantir um julgamento justo. Ele espera que, em breve, o Ministério Público se manifeste sobre o paradeiro da última testemunha e sobre os próximos passos a serem seguidos no processo.

 

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