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Comissão reúne empresas do transporte coletivo para discutir o subsídio tarifário em Passo Fundo Comissão de Patrimônio e de Desenvolvimento Urbano e do Interior, por solicitação da vereadora Regina Costa dos Santos (PDT), reuniu representantes do Executivo e das empresas de transporte público de Passo Fundo, Coleurb e Codepas

Foto: Câmara de Vereadores (divulgação)

 A Comissão de Patrimônio e de Desenvolvimento Urbano e do Interior, por solicitação da vereadora Regina Costa dos Santos (PDT), reuniu representantes do Executivo e das empresas de transporte público de Passo Fundo, Coleurb e Codepas, para discutir a concessão de subsídio tarifário. O presidente da Comissão, vereador Claudio Luiz Rufa Solda (Progressistas), abriu a reunião e passou a condução dos trabalhos para o presidente da Câmara, vereador Saul Spinelli (PSB), que informou que a intenção era “saber se o subsídio está cumprindo o seu papel, se cumpre o que está na lei”, ponderou o presidente.

O procurador do município, Adolfo de Freitas, fez uma rápida explanação afirmando que “na nossa visão, o subsídio foi importante para o sistema de transporte como um todo, pois, através dele, foi possível baixar a passagem e essa redução de valor foi benéfica para o sistema, porque as pessoas vinham da pandemia já com dificuldade financeira”, salientou. Freitas também destacou a diminuição das reclamações sobre o serviço. “Nós recebíamos dezenas de queixas sobre o cumprimento de horários, falta de linhas, ônibus estragados, enfim, o subsídio deu para as empresas uma melhor condição e nós temos as prestações de contas disso. Passamos de dezenas de reclamações por semana para apenas uma neste ano”, concluiu o procurador.

Os vereadores fizeram questionamentos sobre a qualidade do transporte, acesso ao contrato, cronograma dos repasses às empresas, prazo da nova licitação, bilhetagem e a manutenção dos postos de trabalho, ampliação de linhas, incluindo o interior, entre outros.

“A Câmara de Vereadores, quando questiona, é porque ela vem há muito tempo dando o voto de confiança às empresas. Só que até agora a gente não conseguiu chegar à qualidade desejada. Então, que critérios de qualidade que a gente está trabalhando? Essa é uma das coisas que eu gostaria de saber, tanto da empresa, quanto do Executivo”, questionou a proponente da reunião, vereadora Regina.

O presidente da Codepas, José Henrique Moreira da Fonseca, reforçou a importância do subsídio para as empresas.  “Ele vem para equilibrar o sistema e também muitas contas da Companhia, principalmente, o setor de transportes. Mesmo com uma tarifa de 4,95 que permaneceu, a gente esperava um aumento maior de passageiros, isso não aconteceu. De 2022 para 2023, a Codepas deixou de transportar 100 mil passageiros”.

O novo diretor da Coleurb, Carlos Henrique Pereira, respondeu alguns questionamentos, informou que a bilhetagem eletrônica está em fase de implantação e já se estuda a bilhetagem integrada. Comentou, ainda, que em breve todos coletivos da empresa terão acessibilidade. “Eu enxergo que não tem como um sistema de transporte público, no país, sobreviver sem subsídio”. Ele ainda destacou que a bilhetagem eletrônica dará maior transparência ao sistema. “Ao falar de bilhetagem, estamos falando de um ponto que para nós é muito importante, a transparência dos dados. Nós passaremos a ter transparência de gravação de dados, estando disponível à Secretaria. Nós temos um desafio enorme que é manter a regularidade dos horários. Para nós, enquanto gestores da nova Coleurb, é fundamental que a gente possa garantir o cumprimento de horário, porque o sistema de transporte, para ser efetivo, precisa ter confiabilidade. Temos muito a construir e só podemos fazer isso em conjunto”, finalizou Pereira.

O presidente da Comissão encerrou o encontro agradecendo pelos esclarecimentos, salientando que “foi uma reunião muito importante, com a participação de vários vereadores, Executivo, secretários e as empresas. Nós estávamos precisando ouvir os envolvidos, tínhamos que ter uma contrapartida e nos apresentaram algumas ações, como a bilhetagem eletrônica e novos ônibus, é isso que a gente quer. O problema não é a concessão do subsídio, mas a garantia de uma contrapartida. Acho que avançamos, foi uma reunião muito importante, e quem ganha com isso é a nossa cidade, nossa comunidade e, principalmente, os usuários do transporte público”, disse Rufa.

 

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