A frequência de doenças respiratórias tem preocupado especialistas da área da saúde, principalmente pela considerável taxa de agravamentos e internações hospitalares. Nesta terça-feira, 12 de novembro, Dia Mundial da Pneumonia, um alerta é necessário para que os cuidados preventivos à doença sejam cada vez mais frequentes. A data foi criada no ano de 2009 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), justamente para conscientizar a população sobre a importância das formas de prevenção e ainda sobre os agravos que a doença pode ter.
O cirurgião torácico e pneumologista, Dr. Saulo Cocio Martins Filho, fala sobre os perigos que a doença provoca e a necessidade de orientação médica em caso de sintomas. A pneumonia é uma doença que provoca infecção nos pulmões e vias aéreas, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos ou, até mesmo, reações alérgicas. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra, anualmente, mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza. De acordo com o Ministério da Saúde, foram registradas mais de 44 mil mortes por pneumonia de janeiro a agosto de 2022 no país, o último dado oficial disponibilizado.
Para o Dr. Saulo, é grande a necessidade da consulta imediata em caso de sintomas, para que o agravamento não represente a evolução da doença. “Os principais sintomas, como tosse com catarro, febre e falta de ar devem ser identificados e, caso o paciente observe esses sintomas por um período maior que uma semana, é necessário procurar atendimento médico imediatamente”, explica o pneumologista.
A importância do tratamento em caso de sintomas se dá pela possibilidade de evolução da doença para um quadro mais grave, que pode levar, inclusive, à morte. “Como forma de prevenção, algumas ações diárias podem ser feitas, como lavar as mãos, não fumar, não usar bebidas alcoólicas, evitar aglomerações e se vacinar”, afirma. Resfriados mal cuidados, além de exposição às mudanças drásticas de temperatura também podem ser agravantes para a doença. Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação pode reduzir consideravelmente as hospitalizações por pneumonias e a mortalidade pela doença.
Para fazer o tratamento da pneumonia, é necessário um diagnóstico preciso, considerando que existem outras situações graves que podem assemelhar-se com a doença, como tuberculose, embolia pulmonar, doenças autoimunes e até alguns tipos de câncer. “Para além do próprio tratamento, fazer o diagnóstico corretamente ajuda a evitar que tenham complicações graves, a exemplo de necrose pulmonar, infecção da pleura e infecção generalizada”, acrescenta Dr Saulo.
Dr. Saulo Cocio Martins Filho
Dr. Saulo Cocio Martins Filho é médico pneumologista e cirurgião torácico com atuação em Passo Fundo e região. Doutor em Medicina, o profissional atua com doenças como asma, tabagismo, pneumonia, entre outras. Além disso, o cirurgião torácico, que é pioneiro na área do Norte do Rio Grande do Sul, também realiza procedimentos de trauma torácico, hiperidrose, endoscopia respiratória e cirurgia torácica oncológica.