Grupo Planalto de comunicação

Do Rio Grande ao Pantanal: Uma experiência incrível

 

 

Há 21 dias longe das nossas
famílias. Das nossas coisas. Da nossa cama. Convivendo entre quatro pessoas em
dois motohomes. Um trecho já
percorrido de mais de 4,4 quilômetros, a partir de Passo Fundo e com a parada
hoje (08.10) em Sidrolândia, no MS. É incrível. É indescritível. A saudade e a
emoção tomam conta do peito. Mas a produção de conhecimentos é única. E não tem
comparação.

Às rádios Planalto, à direção e
aos colegas, que nos permitiu estar no grupo, digo-lhes: MUITO OBRIGADO.

São aprendizados todos os dias:
desde a convivência, as pessoas conhecidas, a vastidão das lavouras de soja,
algodão (recém colhido), o plantio de grãos, a colheita do trigo, o fazer
“bóia” para o grupo (geralmente aplaudido pelo sabor, modestamente, pelos
colegas), o operar a máquina de lavar (pasmem: em Água Boa, haviam 36 cuecas
estendidas no varal), a queimadura (literalmente falando) em um braço ao operar
o ferro elétrico para passar camisas. E as tradicionais brincadeiras entre
quatro homens de boa vontade. Com a criatividade que Deus nos deu, para levar
aos ouvintes e internautas os fatos que acontecem diariamente.

Não há rotina. Há vontade. Há
dedicação. Há respeito, em que pesem as opiniões divergentes e constantes. Mas
é normal na convivência.

Vivenciamos fatos pitorescos.
Apartamos brigas entre sul-mato-grossenses, trocamos pneus, brincamos com
caixas de supermercados, contamos e ouvimos histórias e ouvimos muitas delas.

Estive ao lado do operador de um
grande trator, sobre as asas de um avião, dirigindo o motohome por milhares de quilômetros. Aprendendo, ouvindo e
tentando repassar um pouco do que vimos, ouvimos e vivemos até agora.

O difícil, até então e para os
mais curiosos, é filmar ou fotografar um dos inúmeros casais de araras de peito
amarelo e penas azuis, ou de papagaios. Até agora, vimos de soslaio uma pantera
negra, bem próximo à divisa ente o MT e o MS. Mas observamos ao longo das
rodovias tatus atropelados, tamanduás e outros bichos mortos. Vivos, somente
(até agora) um casal de antas, em Chapadão do Sul, um parque em Dourados com um
bando de 18 capivaras e um pato que “bicou” a perna do Célio Jr. Nenhum dos dois
precisou atendimento médico ou curativos (hahahaha).

O projeto Do Rio Grande ao
Pantanal nos apresentou grandes CTGs, em áreas enormes (o de Dourados tem área
e 10,5 ha. Muitos deles em estado de abandono, onde patronagens atuais tentam
reerguer depois de um período pandêmico que isolou o ser humano em suas casas e
seus grupos familiares. A reconstrução está acontecendo aos poucos. Pela
quantidade de afazeres dos habitantes da região e pelas dificuldades das
próprias sociedades. Muitas entidades fecharam as portas há mais de três anos.
Algumas por problemas de gestão. Outras pelo abandono de seus frequentadores.

As entidades, aqui filiadas ao
MTG/MS, não são obrigadas a exigir o uso da pilcha, ou a restrição aos costumes
do povo do Centro Oeste. Bandas do Rio Grande do Sul, frequentemente são
anunciadas para bailes, que lotam as grandes dependências. No RS, se uma
entidade fizer isso, corre o risco de ser desfiliada (fatos recentes comprovam
isso). Nem por isso, a gauchada dessas bandas deixa de ser tradicionalista e
cultivar a tradição gaúcha com todo o ardor.

Antes de encerrar, devo agradecer
a hospitalidade de todos os que nos acolheram, desde a primeira entidade
visitada, em Rio Negro, no Paraná, ao lado de Mafra (SC) e por aí afora.

Nessa semana que inicia,
estaremos em Bonito, depois Aquidauana, Amambai e Ponta Porã, rumo ao Sul.

Seguimos, com as bênçãos de São
Cristóvão e Nossa Senhora Aparecida, com a saudade que judia do coração e enche
os olhos de lágrimas, mas com a certeza de que a experiência e a vivência é
única.

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