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Investigado pelo MP, ex-diretor da Apac de Passo Fundo é solto após quatro dias na prisão Justiça concedeu habeas corpus a Vinícius Toazza no fim da tarde de terça-feira. Ele vai cumprir medidas cautelares

Foto: divulgação

ex-diretor da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Passo Fundo, Vinícius Francisco Toazza, foi solto no fim da tarde de terça-feira (15) depois de quatro dias preso na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), na Região Metropolitana.

Ele e outras cinco pessoas foram presas na última sexta-feira (11), em uma ação do Ministério Público que investiga o uso indevido da Apac a fim de beneficiar grupo criminoso.

A soltura veio após pedido de habeas corpus da defesa de Toazza e concedido pela desembargadora Lizete Andreis Sebben. Conforme a decisão, a prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares.

Entre os argumentos trazidos pela magistrada para a liberação, está a inexistência de fatores que apontem que o suspeito possa fugir ou comprometer a investigação.

Em nota, o advogado Vicente Teston Machado, que defende Toazza, afirmou que recebeu a decisão liminar em habeas corpus com satisfação.

“Restabeleceu a ordem e a legalidade das coisas, revogando a prisão preventiva a qual se fazia absolutamente injustificada“, escreveu.

Entenda o caso

A prisão de Toazza e de outros cinco investigados acolheu um pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do RS (MP-RS). Três já estavam no sistema prisional e uma foi detida em Passo Fundo. O sexto investigado cumpre medida cautelar.

A ação foi um desdobramento da Operação Papillon, deflagrada em maio de 2024, que apurou que os suspeitos estariam beneficiando um grupo criminoso por meio da associação.

Segundo a investigação, apenados com extensa ficha criminal e grande saldo de pena a cumprir eram indevidamente selecionados para ingressar no sistema Apac. Dessa forma, com a participação de responsáveis pela fiscalização, passavam a agir livremente.

Os criminosos tinham faltas acobertadas em um esquema que culminou com várias fugas do estabelecimento e retomada de suas práticas criminosas. A investigação também apontou a prática de tráfico de influênciafavorecimento realfalsidade ideológica e fraude processual.

Além disso, o MP diz que representantes da associação atuavam negociando drogas e armas, facilitando a entrada de celulares no sistema penitenciário e intermediando pleitos de integrantes de facção junto às autoridades.

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