Longo, cansativo e repleto de surpresas. Esse foi o dia de julgamento do Caso Sem Terra em Passo Fundo. O júri tratou a morte de um homem em 2014.
Alisson Vieira da Rosa Locatelli, conhecido como Sem Terra foi executado dentro da casa, enquanto dormia, no Bairro São Luiz Gonzaga. Por quase dez anos, Almirante Jesus da Silva e sua filha, Franciele da Silva, que na época era companheira do Sem Terra, carregaram a culpa de terem planejado e executado o crime.
A longa espera pelo julgamento deixou o os dois lados apreensivos e angustiados. De um lado, uma família que chorava a morte de um ente querido e de outro um pai e uma filha que precisavam ser julgados para que o processo chegasse ao fim.
De acordo com uma investigação de 10 meses da Polícia Civil, o tenente da reserva, Almirante Jesus da Silva e sua filha Franciele da Silva teriam arquitetado a morte do homem para ficar com dinheiro da vítima, mas essa tese não foi comprovada em plenário. O advogado de defesa do tenente aposentado, Manoel Castanheira, apresentou provas que não colocavam o homem na cena do crime. Almirante foi inocentado pelos jurados da comunidade.
Já Franciele, teve comprovado envolvimento com a morte. Ela foi condenada a 7 anos e seis meses por homicídio simples e poderá responder inicialmente em liberdade, podendo ir para o semiaberto. Seu advogado, Fernando Tres Fior conseguiu afastar as três qualificadoras das quais ela era acusada.
A família relatou à nossa reportagem que irá guardar boas lembranças de Alisson e que se sente mais aliviada, após aguardar quase 10 anos.
A Planalto News busca informações de possíveis recursos por parte da acusação.