O governador Eduardo Leite deve assinar nesta segunda-feira (19) um decreto de emergência em saúde no Rio Grande do Sul, motivado pelo aumento expressivo de internações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG). A medida segue decisão semelhante já adotada por Porto Alegre, diante da superlotação dos serviços do SUS na Capital e na Região Metropolitana.
Com o decreto, os municípios terão acesso facilitado a ações emergenciais, como contratação de profissionais, aquisição de insumos e solicitação de recursos ao Ministério da Saúde para ampliação de leitos destinados a pacientes com sintomas gripais. A minuta do decreto foi encaminhada à assinatura do governador pela secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Segundo o painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES), atualizado no domingo (18), o Estado já registra 4.099 internações por SRAG em 2025. O maior número de hospitalizações envolve crianças de até cinco anos, cuja demanda quase dobrou nos últimos dias.
Diante do cenário preocupante, o RS também ampliou a vacinação contra a gripe para toda a população. Até o momento, a cobertura vacinal está em apenas 29,28%. Entre os grupos prioritários, apenas 14% das crianças, 35% dos idosos e 17% das gestantes foram imunizados.
A Secretaria da Saúde reforça que a vacinação é essencial para conter a circulação do vírus Influenza e reduzir o número de internações por complicações respiratórias. A orientação segue sendo priorizar os grupos de risco, mas qualquer pessoa pode se vacinar gratuitamente.
A medida busca conter o avanço das doenças respiratórias e aliviar a pressão sobre o sistema de saúde, especialmente em um momento crítico para o atendimento pediátrico no Estado.